Mesmo com assessores, deputado destinou mais de R$ 110 mil para consultorias e teve despesas durante o recesso da Assembleia
O deputado estadual Renato Câmara (MDB) utilizou R$ 261.244,12 da Ceap (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar), também conhecida como verba indenizatória, entre janeiro e maio deste ano. O montante representa quase 40% do teto anual de R$ 696 mil permitido a cada parlamentar da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Mesmo durante o recesso parlamentar em janeiro, Renato apresentou gastos de R$ 55.896,76, sendo R$ 34.275 destinados à contratação de consultorias, apesar de contar com equipe própria de assessores parlamentares. Em fevereiro, o gasto foi de R$ 47.546,19, novamente com a maior parte — R$ 23.275 — voltada à consultoria externa.
Em março, as despesas somaram R$ 54.386,57, incluindo R$ 12.775 em consultorias. Já em abril, Renato Câmara gastou R$ 51.984,84, com R$ 23.264 para consultoria e R$ 8.543,53 para combustíveis. No mês de maio, o valor foi de R$ 51.429,76, com destaque para R$ 19.183 usados na divulgação do mandato parlamentar.
A Ceap é um recurso reembolsável utilizado para custear despesas vinculadas ao exercício da atividade parlamentar. Os deputados apresentam notas fiscais à Assembleia para serem indenizados pelos gastos. Esse valor não inclui salários ou despesas com assessores, que são pagos diretamente pela Casa Legislativa com recursos públicos do Estado.
Em 2024, Renato Câmara já havia utilizado R$ 660.428,59 da cota parlamentar, quase atingindo o teto. Engenheiro agrônomo, ele está em seu terceiro mandato consecutivo e atualmente ocupa o cargo de 2º vice-presidente da Assembleia. Renato também já foi prefeito de Ivinhema e tentou a prefeitura de Dourados em 2016, mas foi derrotado por Délia Razuk.