Dourados
Criança de 6 anos foi atingida por peça metálica durante colisão entre ônibus e caminhão que matou duas pessoas em Corumbá
O acidente ocorreu neste domingo (Reprodução, Corpo de Bombeiros)
A menina de 6 anos que ficou gravemente ferida no acidente envolvendo um ônibus e um caminhão na BR-262, em Corumbá, precisará amputar a perna direita. A informação foi confirmada pelo pai da criança nesta segunda-feira (17), um dia após a colisão que deixou duas pessoas mortas no quilômetro 673 da rodovia.
Durante o resgate, a equipe da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) utilizou a aeronave Harpia 03 para transportar a vítima. A criança foi retirada ainda presa ao banco do ônibus, pois uma barra de ferro atravessava a região próxima ao abdômen, o que exigiu cuidado extremo para não agravar a lesão.
Embora nenhum órgão vital tenha sido atingido, os médicos constataram a necessidade da amputação para preservar a vida da menina, que passou por cirurgia em hospital da região. O pai da criança pediu orações e apoio nas redes sociais.
O impacto da colisão provocou o desprendimento de uma peça metálica do caminhão, que atingiu os passageiros das primeiras fileiras do ônibus. Duas pessoas morreram na hora: o pecuarista Marcelino Florentino Filho, de 84 anos, e a médica Andrezza das Neves Felski, de 27 anos.
Marcelino viajava para Corumbá com o objetivo de conhecer a neta recém-nascida. Já Andrezza retornava de férias acompanhada do namorado, um delegado de polícia.
O motorista do ônibus, de 54 anos, foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa. Imagens das câmeras de segurança internas do veículo confirmaram que ele invadiu a pista contrária, provocando a colisão frontal com o caminhão que trafegava no sentido oposto.
A investigação foi conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá. De acordo com o relatório, o indiciamento considera agravantes legais, entre elas o fato de o acidente ter ocorrido durante o exercício da atividade profissional de transporte de passageiros, o que pode elevar a pena para até nove anos de detenção, além da suspensão ou proibição do direito de dirigir.
A tragédia mobilizou equipes de resgate e autoridades, e segue sob apuração da Polícia Civil.