Laudos preliminares da Polícia Científica não identificaram substância tóxica; caso segue em investigação por outras causas
Os exames preliminares realizados pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul descartaram a presença de metanol no organismo de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que morreu na última quinta-feira (2) em Campo Grande, após passar mal.
O caso havia sido inicialmente tratado como suspeita de intoxicação pela substância e chegou a ser incluído no balanço nacional do Ministério da Saúde como o primeiro registro suspeito em Mato Grosso do Sul.
A confirmação foi feita nesta segunda-feira (6) em nota oficial divulgada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). De acordo com o comunicado, as análises preliminares das amostras coletadas não identificaram metanol, e exames complementares seguem em andamento para apurar outras possíveis causas da morte.
Segundo o relato da família, Matheus começou a passar mal na quinta-feira (2), um dia após ingerir “meio corotinho”. A mãe do jovem, Maria José Duarte Santana, contou que ele sentiu dores abdominais, náuseas e chegou a vomitar sangue por volta das 13h.
A família acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e alegou demora no atendimento, estimada em cerca de duas horas. Matheus deu entrada na UPA Universitário às 18h20, consciente e com quadro estável, sendo classificado como risco amarelo.
Cerca de 15 minutos depois, o estado de saúde se agravou rapidamente. O jovem sofreu uma convulsão, perdeu a consciência e foi levado para a sala vermelha, onde entrou em parada cardiorrespiratória. Após 36 minutos de manobras de reanimação e intubação, os médicos conseguiram reverter o quadro, mas ele sofreu nova parada e morreu às 19h53.
Diante dos sintomas apresentados e da evolução do quadro, o caso foi notificado como suspeita de intoxicação por metanol, conforme protocolo nacional. O Ministério da Saúde manteve o registro como “em investigação” até a conclusão dos laudos oficiais.
Com a exclusão do metanol, a Polícia Científica e a SES agora investigam outras possíveis causas clínicas ou toxicológicas para a morte do jovem.